ESQUISTOSSOMOSE
A esquistossomose ou bilharzíase,
também conhecida como barriga
d’água, é uma doença crônica causada
por platelmintos
trematódeo parasitas e
multicelulares do gênero Schistosoma. Existem
seis espécie de Shistosoma que podem causar a esquistossomose ao
homem: S.
hematobium, S. intercalatum, S.
japonicum, S.
malayensis, S.
mansoni e S.
mekongi. Destas,
apenas S.
mansoni é
encontrada no continente
americano.
O parasita, além do
homem, necessita da participação de caramujos de água doce para completar seu
ciclo vital. Esses caramujos são do gênero Biomphalaria. No Brasil, somente
três espécies são consideradas hospedeiros intermediários naturais da
esquistossomose: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila. Na fase adulta, o
parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo,
o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO
O Indivíduo infectado
elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os
ovos eclodem e liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam os
caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem nas águas doces. Após quatro
semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam
livres nas águas naturais. O contato dos seres humanos com essas águas é a
maneira pela qual é adquirida a doença.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O homem infectado pode
eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após a infecção e por
um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos. Os
hospedeiros intermediários começam a eliminar cercarias após 4 a 7 semanas da
infecção pelos miracídios. Os caramujos infectados eliminam cercarias por toda
a vida, que é aproximadamente de um ano.
SINAIS E SINTOMAS
Na fase aguda, o
paciente pode apresentar febre, dor na cabeça, calafrios, suores, fraqueza,
falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Em alguns casos o fígado e o
baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarréia se torna
mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas
fezes. Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor na cabeça, sensação de
plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, emagrecimento e
endurecimento do fígado, com aumento do seu volume. Nos casos mais graves, da
fase crônica, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento,
fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como
barriga d’água.
TRATAMENTO
O tratamento da doença
pode ser feito com medicamentos específicos que combatam oSchistossoma mansoni.
Uma nova droga quimioterápica, o hicantone, já se mostrou eficaz para curar a
doença na grande maioria dos casos. No entanto, educação sanitária, saneamento
básico, controle dos caramujos e informação sobre o modo de transmissão da
doença são medidas absolutamente fundamentais para prevenir a doença.
PREVENÇÃO
A prevenção consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados.
Fonte:
Portal da Saúde do
Ministério da Saúde
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