domingo, 30 de setembro de 2012

Helmintos - ESQUISTOSSOMOSE (vermes)


ESQUISTOSSOMOSE

A esquistossomose ou bilharzíase, também conhecida como barriga d’água, é uma doença crônica causada por platelmintos trematódeo parasitas e multicelulares do gênero Schistosoma. Existem seis espécie de Shistosoma que podem causar a esquistossomose ao homem: S. hematobiumS. intercalatumS. japonicumS. malayensisS. mansoni e S. mekongi. Destas, apenas S. mansoni é encontrada no continente americano.
O parasita, além do homem, necessita da participação de caramujos de água doce para completar seu ciclo vital. Esses caramujos são do gênero Biomphalaria. No Brasil, somente três espécies são consideradas hospedeiros intermediários naturais da esquistossomose: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo, o homem.

MODO DE TRANSMISSÃO
O Indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam  o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais. O contato dos seres humanos com essas águas é a maneira pela qual é adquirida a doença.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Em média, é de duas a seis semanas após a infecção, período que corresponde desde a fase de penetração e desenvolvimento das cercarias, até a instalação dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após a infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos. Os hospedeiros intermediários começam a eliminar cercarias após 4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios. Os caramujos infectados eliminam cercarias por toda a vida, que é aproximadamente de um ano.

SINAIS E SINTOMAS
Na fase aguda, o paciente pode apresentar febre, dor na cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarréia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor na cabeça, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento do seu volume. Nos casos mais graves, da fase crônica, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água.

TRATAMENTO
O tratamento da doença pode ser feito com medicamentos específicos que combatam oSchistossoma mansoni. Uma nova droga quimioterápica, o hicantone, já se mostrou eficaz para curar a doença na grande maioria dos casos. No entanto, educação sanitária, saneamento básico, controle dos caramujos e informação sobre o modo de transmissão da doença são medidas absolutamente fundamentais para prevenir a doença.

PREVENÇÃO
A prevenção consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados.

Fonte:
Portal da Saúde do Ministério da Saúde

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